"É preciso se perguntar por que usar a tecnologia, o que não se conseguiria atingir sem elas", diz Almeida. Isso quer dizer que não adianta fazer uma apresentação de slides e ler as páginas em voz alta - seria o mesmo que fazer um cartaz.
Adriano Canabarro Teixeira, professor da UPF (Universidade de Passo Fundo), dá sugestões de usos mais "criativos": é possível criar programas de rádio e de vídeo, por exemplo.
Ou ainda, "com programas simples de apresentação de slides dá para fazer exercícios interativos com as crianças".
Quem tem pouco domínio das ferramentas pode fazer parcerias com os alunos. "Não dá para competir com as crianças. Elas dominam a tecnologia muito melhor que os professores. A saída é abrir espaço para que contribuam", recomenda Teixeira.
Para evitar o "uso pelo uso", o pesquisador da USP (Universidade de São Paulo) Adilson Citelli recomenda usar o computador para ensinar conteúdos do currículo escolar.
Teixeira exemplifica: para discutir um conceito, os alunos podem fazer jornais, blogs, programas de rádios, entre outros, explorando diferentes recursos.
"Há a expansão da escola para além de seus muros, trazendo o que acontece no mundo para o interior da escola e levando a escola para o mundo", lembra Almeida, da PUC-SP. Ela opina que, assim, é possível integrar o currículo escolar com os acontecimentos atuais, os problemas do cotidiano e a cibercultura para produzir um conhecimento que leve à compreensão do mundo, dos fatos, da ciência e dos instrumentos culturais e linguagens da sociedade contemporânea.
Amanda Polato
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/01/26/volta_aulas_professor_tecnologia_sala.jhtm
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