No retorno do Programa, dos
vários desafios enfrentados, o
maior deles foi não encontrar
o Programa de Cadetes Mirins
e vê-lo transformado em duas
escolas da rede municipal: Escola
de Cadetes Anísio Spínola,
situada no Centro e Escola de
Cadetes Eusébia de Brito, esta
localizada em Portão.
Sendo moradora de Lauro de Freitas há 22 anos, fizemos um relatório da situação e
ficou registrado que nada restou do antigo Programa. Assim, partimos para estudar a
situação do município.
Fomos levantar o índice de violência, estudamos o livro de ocorrência digital do GGIM (Gabinete de Gestão Integrada Municipal), registros de violência dos últimos 5 anos( delegacias e hospitais), censo escolar( site do MEC) observando distorção idade/série, evasão, repetência, registros de saúde, políticas públicas municipais para infância e juventude, e ouvimos e registramos depoimentos de ex-cadetes e pais, além de vasto material que nos fundamentou na nossa trajetória de trazer o programa contextualizado com a infância, adolescência, juventude e suas necessidades.
Foram mais de 24 horas de trabalho incessantes, mergulhamos neste universo
focados na realidade, porém sonhando e vislumbrando a abrangência que o “novo”
programa ganharia.
Com o plano do governo do
Prefeito Márcio Paiva, o material
colhido a partir de pesquisas,
entrevistas, visitas, reuniões
comunitárias e o diagnóstico
realizado, fui visitar o fundador
doProjeto deputado João Leão
que de forma muito acolhedora
nos recebeu e visitou conosco o
que um dia foi a sede do
programa. Tivemos também o
apoio “incondicional” da primeira
dama, Drª Adriana Paiva, que
muito contribuiu para o retorno
do Programa.
Findado esse momento, iniciado em 02 de Janeiro, terminamos todo o diagnóstico e
estudo e elaboramos o novo projeto, depois de escrito, impresso e avaliado pelas
autoridades competentes. Somente com uma sala na Secretaria de Educação, neste
período, eu e meu secretário, iniciamos a formação da equipe que daria corpo ao
programa, escolha difícil pois cada profissional precisava de um perfil diferenciado
para lidar com nosso público alvo. Contamos com várias indicações de amigos,
trouxemos ex-funcionários, ex-cadetes e fomos locando as pessoas além de
constantes reuniões de estudo do projeto crescimento profissional, relações humanas
e partimos para criação de um banco de dados dos interessados no programa para
traçarmos o perfil das oficinas e divisões.
Programa criado e equipe
escolhida, fomos para a parte
burocrática da casa, licitações,
fardamento, material da oficina
e escolha do local que mais se
aproximasse das necessidades
das atividades a serem
desenvolvidas. Criamos um
calendário de matrícula onde nós
íamos até a comunidade,
primeiro informando, divulgando
e retornando para inscrição no
programa.
Com o número de funcionários a
sala da Secretaria de educação
não suportava, ficamos com
duas salas da antiga Escola de
Cadete, porém com a
necessidade da ocupação deste
espaço fomos para o Parque
do Saber que encontrava-se
abandonado. A SEINFRA, junto
conosco traçou um layout e
passamos para dentro ainda em
obra, onde fizemos mutirão com
funcionários e transformamos o
espaço em nossa sede, e também
um posto fixo de matricula.
Momento oportuno para a troca de local, pois nesse período houve a necessidade de
ocupação do espaço pelo departamento Pedagógico da Secretaria de Educação.
Após palestras iniciou-se nossas jornada de inscrições no Programa, passando por
todos os bairros do município, o qual foi um processo exitoso. Desses inscritos foram
selecionados 1000 alunos traçando critérios em uma seleção conjunta e transparente,
sendo aberta exceções para alunos encaminhados pelo Núcleo de Educação Especial da
SEMED, CREAS, CAPS, Conselho Tutelar e outras instituições que trabalhem com jovens
em situações de risco.
Divulgado os aprovados, fizemos
as matrículas. Passada essa fase
retornamos as escolas e fizemos
oficinas com todos do programa
( alunos, pais, funcionários,
diretores), onde realizávamos
palestras apresentando o
"passo-a-passo" do programa e
apresentação das oficinas. Dentro
desse processo, identificamos
problemas e criamos o projeto
“Estreitando os laços” que
começaram com reuniões
periódicas com os pais concluindo agora seu ciclo, sendo a última reunião de 2013, no dia 21 de novembro, às 9 e 14h.
Além desse processo iniciamos atendimento psicológico, social e psicopedagógico
com equipe multidisciplinar, além de outros serviços disponibilizados pelo Programa.
E assim continuamos a caminhar ..........
A.I. / Rede Cadete Comunicação / I.M.A.
Texto: Isa Croesy
Fotos / Divulgação / André Galvão / Alexandre Sena
imacadetemirim@gmail.com
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